Pastoral - 29/09/2024

O Evangelho Humanista

Texto: Gálatas 1. 8-9

Na epístola aos Gálatas, o Apóstolo Paulo nos adverte sobre outro evangelho. Usa a palavra “anátema”, que significa que seja amaldiçoado todo evangelho falso mesmo se nos vier a ser anunciado por um anjo.

Pesquisas indicam que o Brasil tem mais de 60 milhões de pessoas que se declaram evangélicos. Contudo, não vemos em nossa sociedade modificação compatível com o que seria esperado se realmente houvesse mais de 60 milhões de pessoas regeneradas pelo Espírito Santo, pessoas que nasceram de novo em Cristo Jesus.

De onde veio essa explosão de “conversões”? Não há como sequer imaginar que tenham vindo do Evangelho da Graça de Deus, porque esse Evangelho leva o homem a querer negar a si mesmo, a levar a sua cruz e a seguir a Cristo. O homem regenerado anseia por Cristo, pois Jesus Cristo é tudo o que ele tem e é tudo o que ele precisa. O homem regenerado não tem por finalidade de sua vida o seu bem-estar temporal. Sua glória é Cristo. A festa que espera não é terrena, mas sim são as Bodas do Cordeiro.

Pelos reflexos das “conversões” na sociedade, podemos ver que essas “conversões” são resultado de um outro evangelho – o amaldiçoado evangelho humanista. Este tem uma de suas piores vertentes no evangelho terapêutico, que procura assemelhar a igreja ao mundo, para dar aos ímpios o que eles querem, para que se sintam confortáveis, aprovados, entretidos e prestigiados. Esse evangelho humanista-terapêutico mutila o evangelho. Diz apenas que “Jesus te ama e você é muito especial para Ele”. Não confronta o homem com a Palavra de Deus. Prega a satânica mentira de que a igreja é um hospital com a finalidade de dar ao homem a vida mais confortável psicologicamente possível até o final de sua vida. Não diz ao homem sobre sua terrível situação de criatura vil, caída e inimiga de Deus. Chama o homem para uma festa, mostrando o amor de Deus como algo pueril. Os que pregam esse evangelho parecem não entender que odiar o mal é tão justo quanto amar o bem. Não entendem a gravidade do pecado. Não dizem ao homem que, sem arrependimento, a ira Deus permanece sobre o homem. Mas ninguém vai se arrepender e ser salvo se não entender a gravidade do pecado. Como o Espírito Santo convencerá o homem do pecado se não for dito ao homem sobre sua terrível condição de pecador?

Conclusão:

Quando vires as igrejas ao redor com seu evangelho humanista e fácil, que as encherá de crentes nominais, enquanto na tua igreja tu ouves o verdadeiro evangelho, que te chama a levar a cruz, não seja ingrato como o povo no deserto que, desprezando o maná, disse “Dá-nos carne a comer”. Nosso dever é obedecer a Cristo. O resultado cabe a Deus. Não podemos rebaixar o evangelho. A “Porta” nunca será verdadeiramente alargada. Permanecerá estreita.

Em Cristo,

Elson Rodrigues da Silva Junior